quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O apoio da família e dos amigos

Hallo!

Acho que em maior ou menor medida passa pela cabeça de todos nós que queremos ser au pairs o pensamento "O que eu vou falar pros meus pais?".
Nossa família e principalmente nossos pais querem que tenhamos uma vida melhor que a deles, tem mil e um planos pros nossos futuros, esperam grandes coisas de nós. E definitivamente ser babá não está na lista de "grandes feitos" que eles imaginam.

Muitxs meninxs que vão participar do programa de au pair inclusive estão cursando faculdade ou então já são formados em algum curso superior, o que aumenta essa expectativa de que vamos nos dedicar exclusivamente para nos dar bem na nossa área de estudo, arranjar um emprego bom e ser o orgulho do família.

Aí você chega contando: 
- "Então mãe... é que eu tô pensando em ser au pair..."
- "Au o que, menina???'
- "Au pair... é tipo uma babá. Eu moraria com uma família e ajudaria a cuidar das crianças e...."
~~Insira aqui risadas frenéticas ou exclamações do tipo "só por cima do meu cadáver"~~

As reações iniciais costumam ser essas: ou rola um freak out total no qual os pais proíbem ("como que você quer sair de casa pra ir limpar bunda de criança, tá louca?") ou então acham que você tá brincando ("não levanta um dedo pra ajudar aqui em casa... como vai ajudar na casa alheia?" ou "você não cuida nem de ti e quer cuidar dos filhos dos outros?"). É mais ou menos assim.

Com o tempo, vamos conversando, falando sobre o programa, quais as regras certinhas, os motivos de você querer fazer o intercâmbio e tudo mais... e aí eles começam a perceber que você tá falando sério. Muitos pais não concordam, mas aceitam a ideia. Outros dão apoio incondicional, inclusive financeiro. Varia muito da personalidade dos pais, do relacionamento pais e filhos e vários outros fatores.

Em 2011, quando eu primeiro pensei no programa de au pair, fui na agência, peguei todas as infos e fui falar com o meu pai no maior cagaço do mundo! Ele escutou e só falou "Tudo bem. Quanto é mesmo?". Eu fiquei chocada. Estava esperando um sermão. Acabou que eu desisti (talvez ele played cool porque imaginou que fosse fogo de palha, e acabou que foi mesmo).

Dessa vez eu não falei nada. Eu sabia que agora o buraco era mais embaixo... afinal, já estava formada em Direito, carteira da OAB na mão, pronta pra começar a "vida real". Fora que, se eu não achasse família super rápido, eu ia desistir do programa, pois não tinha tempo pra perder, não queria dar "preocupação" sem motivo. Então achei por bem ir encaminhando tudo pra ver no que dava. Cheguei a comentar com minha mãe antes e ela não brigou nem nada, mas também não encorajou muito e aí deixei quieto.

Quem acompanhou mais de perto meu processo foi minha amiga Luiza (beeijo, Lu. Love you, baby!). Falei pra ela que estava pensando de novo em ser au pair, que era agora ou nunca e ela super apoiou a ideia! Como não tinha mais ninguém sabendo, era pra ela que eu ficava chorando meus negative replies no apw, pra ela contei o primeiro positive reply e que estava conversando com a family, ela aguentou minhas ansiedades, contava como tinham sido os skypes, fez corrente de pensamento positivo junto comigo e foi a primeira a saber do meu match!

Quando eu comecei a falar com as families no apw, voltei a falar com minha mãe sobre o assunto. A princípio ela continuou naquela... não proibiu mas também não achava uma ideia muito boa, disse ser perda de tempo e tal. Mas quando ela viu que a parada tava mais séria e que eu queria mesmo ir, ela aceitou de boa. Hoje em dia ela já tá gostando bastante da ideia.. até planejando uma trip pra me encontrar por lá.

Aos poucos fui contando pros amigos... ninguém nunca criticou (pelo menos não na minha cara né hahahhah). A reação da maioria era meio que "não acredito" ou então "tu é muito corajosa" ou coisas do tipo... mas todos aceitaram bem a ideia. As mais chegadas dizem "Ow amiga, não vai... vou morrer de saudade", mas o motivo é só a saudade mesmo haha.

E então restava falar pro meu pai. Eu adiei, adiei, adiei... sabia que ele não iria me proibir.. mas já conseguia antecipar a reação de decepção dele. Pagou meus cinco anos de faculdade, tudo relacionado ao curso, me deu carro, nunca deixou faltar nada... "e agora essa menina quer largar tudo aqui pra ser babá na Europa...". Mas não dava mais pra adiar. Cheguei, conversei. Ele odiou. Falou "não acho que isso seja uma boa ideia. E o Direito???". Veio todo o papo sobre a perda de tempo, o que isso tem a acrescentar na tua vida e tal. 

Como eu já fiz intercâmbio (High school nos EUA), eu não tinha nem a "desculpa" de ir aprender Inglês. E holandês não e lá uma língua que vá me ajudar muito na vida, né. Então a única justificativa que eu tinha para dar era a minha vontade enorme de ter mais uma experiência no exterior, que essa era minha última chance de fazer isso. Ele continuou odiando, mas em momento algum me proibiu. Falou o clássico "Se é isso que tu quer..". Não é o ideal, mas eu já imaginava que seria assim. Estava preparada até pra ir sem apoio nenhum... um apoio parcial é melhor que nada!

Algo que eu acho super válido e importante nesse processo todo é ter amizade com outras pessoas que estejam passando pelo mesmo que você, ou seja, outras au pairs (sejam ex, atuais ou futuras). É uma troca muito legal, pois estamos todas no mesmo barco!

No facebook participo do grupo Brazilian Au Pairs in the Netherlands e alguns outros também, mas esse é o principal. Ótimo espaço pra tirar dúvidas, ouvir e compartilhar experiências, e até pra "chorar" um pouquinho hahah. Também participo de um outro mas que é específico da HBN, as agentes só colocam quem já está na fase 3 do processo.

Esse grupo é bem legal pois, como tem menos gente, é mais fácil conhecer as meninas, ver quem tá por perto, quem está embarcando e tudo mais. Por lá conheci a Camis e começamos a conversar por inbox. Éramos "vizinhas" aqui no Brasil (eu de São Luís e ela de Teresina) e também vamos morar super perto na Holandinha!!!

Conversamos bastante ela perguntou se eu queria participar de um grupo no whats com várias meninas que eram/queriam ser au pairs na Holanda. Claro que aceitei!!! E gente, tenho que dizer pra vocês, esse grupo é maravilhoso! Impressionante como um objetivo em comum pode aproximar tanto as pessoas!!!

O objetivo inicial seria trocar infos sobre o intercâmbio... mas nas conversas vamos ficando tão amigas que acaba rolando papo sobre absolutamente tuuudo - papos sérios, engraçados, prints e mais prints, piadas, videos, babados e tudo mais (né, meninas???? HAHAHAHHA).

É uma troca muuito bacana! Todas torcem uma pela outra, ajudam como podem, trocam experiência, acalmam quem tá nervoso e ansioso, dão ânimo pra quem tá down... enfim, acho algo que só tem a acrescentar se você está pensando em ser au pair ou mesmo se já for. Todas nós precisamos de um support group desse!

E vocês, meninxs??? Como foi contar pros pais/família/amigos??? Quem está te acompanhando nessa jornada? Deixem comentários contando as experiências (:

(AHHHHHHHH, faltam só dois dias pra minha viagem. #chegalogodia30)

kusjes! <3 

5 comentários:

  1. Amei seu post Ro e basicamente passamos SEMPRE pelos mesmos medos e expectativas!

    logo logo você vai estar na Holandinhaa <3

    Que dê tudo certo!

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  2. Que post lindo meega <3 Nosso grupo é demais <3
    E ai de você sumir quando tiver lá hein?
    Muita muita sorte nessa fase nova!
    Em Abril te encontro lá no dia do Rei :D
    Mil beijos
    Nat

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  3. Oie :3 Muita sorte no seu ano de au pair! Me identifiquei muito com seu texto, mas eu queria sabe,r onde você encontrou agência de au pair aqui em São Luís? Por favor, me ajuda!

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    1. A CI fazia mas parece que nem faz mais au pair pra Holanda. Tem outro post que falo das agencias, dá uma procurada!

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