sexta-feira, 1 de julho de 2016

News news news!

Olá pessoas!
Como sempre já chego me desculpando pela ausência, mas a vida tá corrida demais e a criatividade tem estado de menos. (inclusive se quiserem sugerir tópicos para posts, fiquem à vontade nos comentários).

Em termos de atualizações, aqui vão: encerrei minha aventura na Holanda dia 21 de Abril (na verdade prefiro pensar que dei uma pausa nela, pois o que não falta é vontade de voltar!), passei quase dois meses no Brasil eeee... agora estou na Bélgica, também como au pair! Cheguei por aqui dia 12 de junho (melhor dia dos namorados dos últimos tempos haha) e ainda estou em fase de adaptação, mas curtindo bastante!

Tá, muita novidade, muita coisa acontecendo... mas o que eu quero meeesmo contar pra vocês é que eu fechei uma parceria com a agência holandesa Triple C Au Pair para integrar o time! Isso significa que a agência, que já tem crescido bastante por conta própria, quer se firmar de vez perante a comunidade brasileira, sendo uma ótima opção tanto para as meninas que tiveram self-match (mais conhecido como pre-match no mundo auperiano, mas achamos que self-match expressa melhor o procedimento), quanto para as que quiserem se inscrever para conhecer famílias da agência.

A agência opera desde 2012 e atualmente trabalha com meninas de mais de 50 nacionalidades, sendo uma das maiores da Holanda (certificada pelo IND, claro!). Margo Busser e Nathalia Berenschot, as duas sócias fundadoras que permanecem no controle, trabalharam juntas por vários anos como assistentes sociais em abrigos para mulheres e crianças vítimas de violência e abusos. Após esse período, trabalharam novamente juntas em uma agência de au pair como coordenadoras de match. Tendo a mesma vindo à falência algum tempo depois e sabendo que poderiam fazer a diferença no ramo com sua vasta experiência, Margo e Nathalia decidiram abrir sua própria agência de au pair, que veio a se tornar a Triple C Au Pair.

A Triple C promove ideias em que acredita, quais sejam, liberdade de escolha e crescimento. Essa é a maneira que interage com host families e au pairs, certificando-se de ser uma agência realista, facilmente acessível e mostrando comprometimento com ambas as partes.

Além de garantir que as famílias sigam todas as regras estipuladas pelo programa (pocket money, horas trabalhadas, dias de folga, 2 semanas de férias, arcar com seguro de viagens, entre outros), a Triple C é a que estipula o valor mais alto para o curso que você pode fazer no seu ano de au pair! Enquanto a HBN determina que a família deva pagar o valor de €300 e a House of Orange apenas €280, na Triple C você tem direito a €320 (normalmente o curso é de línguas, mas também pode ser fotografia, culinária, história da arte...).

Outro aspecto bastante interessante oferecido pela Triple C são os eventos promovidos para as au pairs, normalmente algo tipicamente Holandês. O último evento, realizado no dia 19/06, foi uma visita ao Kasteel de Haar, um lindíssimo castelo Holandês localizado na província de Utrecht. Os eventos são uma ótima oportunidade tanto para se aprofundar ainda mais na cultura e estilo de vida holandês quanto para conhecer outras au pair e aumentar seu círculo de amizades!

Evento do dia 19/06 no Kasteel de Haar

Tá, Rovena... mas outras agências também fazem eventos...
Verdade! Porém, o maior diferencial da Triple C é que no preço pago pela família já estão inclusos 3 eventos! Durante o ano a agência tenta promover de 5 a 6 eventos, dessa maneira você pode escolher os 3 que mais te agradem e nas datas mais convenientes. Quando você vir um evento que te interesse, basta confirmar presença direto com a agência, não tem que ficar “relembrando” os hosts que eles tem que pagar nem nada do tipo! A agência tomou essa decisão justamente para se certificar que as au pairs tivessem esse momento de interação e evitar que host families desencorajassem as meninas (e meninos!) a irem aos encontros por não querer pagar o valor extra, como tanto acontece por aí.

Evento na praia em 2015

E por último, mas não menos importante, o fato de eu fazer parte da equipe garante mais ainda que todos as peculiaridades do nosso país sejam respeitadas, tanto na questão burocrática (documentação, visto...) quanto o componente cultural. Em pouco tempo teremos as mudanças advindas da aplicação da Convenção de Haia, que modificará o procedimento relacionado à certidão de nascimento, por exemplo. Esse é um dos maiores problemas enfrentados por meninas que tem self match e aceitam "qualquer agência" pois já encontraram família.

A lista do IND conta com cerca de 22 agências certificadas. Porém o que temos visto é que muitas dessas agências nunca sequer fizeram o processo de meninas não europeias (brasileiras então...), e se veem completamente perdidas em relação ao procedimento - não sabem informar corretamente sobre os passos, os documentos necessários, estão tão incertas quanto as au pairs! E nesse momento o que nos buscamos é justamente a segurança de que tudo se desenrolará tranquilamente, sem contratempos e atrasos.

 A Triple C certamente não é a agência mais barata da lista (tampouco a mais cara), porém conosco você terá a garantia de um serviço e suporte bem prestados. Não se esqueçam que a burocracia do visto é apenas a parte inicial, existem ainda outras formalidades após você chegar na Holanda que a agência irá te guiar em como proceder. Além disso, você pode ter complicações com a família ao longo do ano, ou (tomara que não!) problemas mais sérios. Se a agência escolhida é uma meia boca, que basicamente só será usada para o visto, você pode se ver desamparada em uma situação complicada mais a frente. Portanto, o que gostaria de reforçar é que: mesmo você tendo self-match, é interessante participar junto com a família em relação à escolha da agência. O barato pode sair muito caro e dar bastante dor de cabeça. 

Recentemente fiz uma pesquisa sobre self-match e uma das perguntas era sobre a escolha da agência: felizmente a maioria respondeu que a família pediu a opinião da au pair nesse momento. Isso mostra que as famílias se importam com seu bem estar também! Não tenham medo de tentar conversar sobre o assunto: primeiro que os holandeses são bem abertos e não irão se ofender com isso (e se se ofenderem... desculpe, mas você deveria ter cuidado com uma família que não está aberta a levar sua opinião em consideração), segundo que isso serve para ambos os lados! Certeza de procedimento correto e suporte adequado durante o processo e todo o ano. As famílias boas sabem que uma au pair feliz significa que os filhos deles estarão sendo bem cuidados, então certamente eles farão de tudo para que você se sinta confiante com a agência escolhida! E nesse quesito a Triple C leva a vantagem pelo custo benefício - dentre as outras que também contam com agentes brasileiras, o nosso serviço de self-match custa 1.752 euros (para a família) + custo de passagem por sua conta (possivelmente negociável com a família), enquanto em outras agências a família paga cerca de 2.000 euros (eventos não estão inslusos!) e você obrigatoriamente paga 650-700 euros para a passagem para a agência (não pode comprar por conta própria, a agência é quem compra).

A princípio, estamos buscando expandir o número de brasileiras na agência advindas de self-match. Porém logo logo também estaremos aceitando perfis para buscar famílias na agência, fiquem ligados! Para maiores informações, vocês podem visitar o site da agência e nossa página no facebook, ou entrar em contato pelo email triplecaupairbrasil@gmail.com

Estou muito animada com essa nova etapa! Quem me "conhece" aqui do blog e do grupo do facebook sabe que eu busco sempre ajudar quem precisa, e será maravilhoso fazer isso de uma forma profissional agora! Conto com o apoio de vocês, divulguem para quem está no processo ou acabou de ter um match e está em busca de agência. Vamos transformar isso em mais um canal favorável para nós brasileiras. O sucesso do número de self-matches abrirá cada vez mais vagas para profiles na agência :)



  


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Let's talk about money: os temidos trezentos e poucos euros

Sou dessas! Passo mil anos sem postar e quando resolvo aparecer, posto logo várias coisas (ou vai ver é o mês de janeiro que tem alguma influência sobre mim haha).

Continuando a falar sobre dinheiro, o tópico da vez é o pocket money. O valor que recebemos enquanto au pairs não pode nem ser considerado salário - uma vez que este é regido por normas próprias e tem um valor mínimo o qual o "salário" da au pair não chega nem perto (que é em torno de €1.200,00/mês) -, portanto é chamado de mesada. O programa de au pair não integra a legislação trabalhista pois é visto sob o viés de intercâmbio cultural (ahemm...) e tem regras bem definidas pelo governo. 

Dessa forma, estabeleceu-se o pocket money no valor de €300 a €340 mensais, acrescido ainda de room and board (direito de morar na casa da host family com quarto próprio, acesso às áreas comuns da casa, refeições etc). Lembrando que a legislação ainda limita o número de horas trabalhadas a 30 por semana, não podendo ultrapassar 8h por dia, e com no mínimo dois dias de folga por semana e 2 semanas de férias por ano.

Eis que ao tomar conhecimento do pocket money, muitas aspirantes a au pair se desesperam: "é muito pouco!", "como vocês conseguem viver e viajar com esse dinheiro?". Ultimamente principalmente tem havido uma onda de meninas que é ou já foi au pair nos Estados Unidos e agora tem a Holanda como alvo. Tendo em vista que nos EUA o pocket money é de $195,65 por semana, totalizando quase $800,00 por mês, pra elas se torna ainda mais difícil conceber como seria possível viver com apenas €340 na Europa. O pocket da Holanda é intermediário, poderia ser melhor como na Bélgica (€450) ou pior como na Alemanha (€260).

Sempre que me perguntam se dá pra viver com esse dinheiro, eu solto logo um "Claro que dá! Se não desse, não tava cheio de au pair aqui e outras tantas se amontoando na fila tentando achar família pra vir!". Mas é aquela história... fácil não é não! O dinheiro é suficiente mas certamente não fica sobrando. Além do mais, a Holanda (e a Europa de modo geral) não é um destino para fazer compras - aqui você não costuma encontrar coisas tão baratas como nos Estados Unidos, por exemplo, então como boas au poors que somos, devemos nos controlar e comprar apenas o necessário. Tá.. de vez em quando dá pra se dar alguns luxos, mas não é sempre! Segura essa grana senão você não consegue viajar!

Além do óbvio, de não sair por aí gastando com coisas supérfluas, temos que lançar mão de várias "mágicas" para fazer a grana render! A seguir vou dar algumas dicas de como poupar dinheiro ou pelo menos a forma mais barata de conseguir aproveitar o que a Holanda tem de melhor pra oferecer!


1. Plano Weekend Free no OV-chipkaart: a não ser que você more em cidades bem grandes e que tenham bastaaante coisa para fazer como Den Haag, Rotterdam ou a própria Amsterdam, é quase que certeza que no seu tempo livre você vai querer ir para cidades maiores ou explorar locais diferentes ao redor do país. Para isso, você precisará usar o trem. E esse meio de transporte está longe de ser barato! No entanto, a NS (cia de trem holandesa) disponibiliza vários planos e um dos mais em conta é o Weekend free, no qual você viaja de graça nos finais de semana e tem 40% de desconto nos horários fora de pico pela bagatela de €32 por mês (valor atualizado para 2016). Você encontra mais informações sobre esse plano e como adquiri-lo nesse post).


2. Usar a bike ou ir a pé para economizar com ônibus/tram: o plano acima citado só vale para trens! Dessa forma, a não ser que você more bem perto da estação de trem, ainda precisará se locomover até lá. Em vez de pagar ônibus, eu costumo ir de bike para a estação! Além de economizar, essa opção me dá mais flexibilidade na hora de voltar para casa, pois geralmente os ônibus e trams param de funcionar bem mais cedo que os trens. Isso também vale para quando você vai visitar amigos, por exemplo, que não moram tão perto assim da estação de trem. Já andei muuuito para economizar uns eurinhos e não gastar com bus e tram. Ou seja: pagar por transporte só em último caso, use e abuse de sua bike e de suas pernocas!

3. Museumkaart: se tem uma coisa de sobra na Holanda, essa coisa é museu! Tem muitos museus espalhados pelo país inteiro. Dessa forma, grande parte da "programação cultural" do seu ano deve incluí-los. A melhor forma de você aproveitar e visitar todos os museus que quiser pelo menor custo, é adquirindo o Museumkaart. Ele custa €59,90. Caro, né? Porém ele dá acesso a mais de 400 museus em todo país, sendo que desses, 38 só em Amsterdam! O acesso a cada museu é em torno de €15. Ou seja, visitando 4 museus, o cartão já "se paga". (Você também pode jogar a dica pros seus hosts e ver se cola de eles darem um hahah). Além do que, museu por aqui não é só um prédio com pinturas e esculturas, pode englobar palácios, castelos, moinhos, igrejas... O cartão é válido por um ano e pode ser pedido online aqui ou comprado presencialmente em vários museus como o Van Gogh e o Rijks entre outros.  

4. Levar lanches de casa: tente sempre fazer suas refeições em casa! Caso não dê, prepare um lanchinho e leve na bolsa! Fazia muuito isso principalmente no verão, pois saía cedo de casa pra andar de bike ou bater perna por aí e passava o dia inteiro fora. Não tem condição de ficar gastando dinheiro à toa bancando várias refeições na rua. Geralmente eu levo um sanduba, alguma fruta e talvez um suco daqueles de caixinha (pode pegar das kids hahahha). Ah! Também sempre ande com uma garrafinha d'água pra não ter que ficar comprando! Aqui pode beber água da torneira, então em qualquer lugar você consegue encher. 
Caaaaso você não consiga levar lanche (bolsa muito pequena, dormiu demais e não deu tempo de fazer, ou vai passar um dia inteiro fora e não vai conseguir levar todas as refeições, voltando da balada morta de fome etc), você vai procurar o lugar mais barato para comer, claro! Minha dica é o burger king (hmm, por que será que engordei tanto?) pois ele tem deals de sanduíche, batata e refrigerante pequenos a partir de €1!!! (é o cheeseburger, mas nem sempre está nessa promo, depende da época. O mais normal é ter os deals de €2 e €3). Além disso eles tem um app com várias promoções extras. O McDonalds também tem alguns itens no menu de €1 (cada) como hamburger, batata e refri pequenos. Você também pode parar num Albert Heijn to go ou outro supermercado/café barato e catar algo em conta. O que vale é gastar o mínimo possível!

5. Fazer a "base" antes da balada: Uma cerveja num pub/balada costuma custar entre €2,50 (cidades pequenas) até uns €3-€3,50 em Amsterdam ou outras cidades maiores. Assim sendo, se você deixar pra começar a beber só na balada, vai gastar muito até ficar "legal". Portanto, passe sempre num mercado para comprar bebida e fazer a base em casa. Já junta azamigas, todas escolhendo roupa, fazendo a make, com uma musiquinha tocando e tomando umas pra aquecer os motores! Tem coisa melhor?!

6. Planeje suas idas ao banheiro: isso mesmo que você leu! A maioria dos banheiros que você vai encontrar por aí serão pagos. As vezes até dentro da balada tem que pagar(!!!) - negócio mais lucrativo da vida é vender cerveja pra alguém e cobrar €0,50 centavos por cada ida ao banheiro hahah sacanagem! Nas estações de trem o banheiro sempre é pago, em pubs/bares geralmente não. Se tiver andando pela rua, procure um burger king. A regra é que só quem consome não paga, porém raramente tem alguém na porta checando (geralmente o da Leidseplein tem alguém em "horários de pico"). Se você pegar trem intercity, ele sempre tem banheiro! Aproveite pra usá-lo. Os sprinters só alguns tem (o que é dividido em vagões costuma ter um banheiro logo depois da 1ª classe, porém o que é todo "aberto" realmente não tem). Se você estiver na balada... bom, não tem muito o que fazer, vai ter que pagar. Alguns lugares tem uma promo de €2,00 por idas ilimitadas ao banheiro (é HILÁRIO, mas eu tô falando sério!!!!). 

7. Baladas/bares free: Bares e pubs em geral você não paga pra entrar (alguns pode ter que pagar banheiro haha). Baladas sempre procure as free! Tem vários bares/cafés também que tem uma vibe mais baladinha com música animada tocando, esses provavelmente serão os lugares que você vai bater cartão. Deixe para gastar com entrada em alguma ocasião muuuuito especial ou algum evento específico que você esteja a fim (até hoje me arrependo dos €17 que paguei "do nada" numa balada em Utrecht. Jesus!!!! WHY?). Uma opção pra ir de graça para baladas mais "alto nível" é o aplicativo I'm In, no qual você joga e ganha tickets. Já fui em um festival (Holi, aquele do pó colorido) que ganhei ingresso nesse app!
A maioria das baladinhas vai ter chapelaria (lugar pra deixar o casaco) e vai ser pago. A dica é tentar achar um cantinho e amontoar os casacos da galera por lá pra não ter mais esse gasto. Algumas baladas eles te obrigam a deixar o casaco! Fica um segurança logo na porta que não deixa entrar sem antes passar na chapelaria... aí você tem que ver se vale a pena ou não. Eu e minhas amigas já deixamos de ir em uns lugares por isso.. pois nem sabíamos se a balada era bacana/íamos querer ficar e já tinha que chegar pagando. 

8. Lojas mais baratas: Holanda não é um destino para compras como os Estados Unidos. Aqui eletrônicos e coisas de marcas conhecidas são quase tão caras quanto no Brasil, então não costuma valer a pena comprar por aqui. Para coisas do dia a dia, algumas lojas são essenciais na vida da au pair, tais como: 
  • Action: vende de tuuudo. Roupa, comida, coisas para casa, decoração para festas e fantasias, perfumaria... e lá é realmente mais barato que em outros lugares! 
  • Zeeman: também estilo "tem de tudo", mas mais voltado para roupas, brinquedos... 
  • Primark: roupas, sapatos, acessórios... melhor loja do seguimento com "preço de au pair". 90% das suas coisas serão de lá
  • New Yorker: mais carinha do que a Primark mas ainda uma das mais baratas e com muuita variedade! Também sempre tem coisas em promoção.
  • Fique de olho em promoções em geral, sempre dá pra conseguir deals em outras lojas boas como: H&M, Mango, Bershka, Zara, Forever 21, Pull & Bear etc. 

9. Na hora de viajar: Procure a forma mais barata de viajar (duh!), geralmente vai ser ônibus. Dependendo do destino e de quanto tempo você tem disponível, talvez compense pagar um pouco a mais e ir de avião para ter mais tempo de curtir o destino. Na hora de reservar os hostels, eu sempre coloco o filtro Mais barato > mais caro e vou vendo os mais baratos até achar um que tenha uma localização decente e dou uma olhada nas reviews só pra certificar que não tenha nenhum grande problema. Gosto de usar o site hostelworld.com. Nele você tem que pagar uma taxa de reserva, no entanto justamente por isso os preços lá são mais baixos! Se você comparar o mesmo hostel no site do hostelworld e do booking (que você reserva sem pagar nada), o primeiro costuma ser mais barato. Quando chegar ao destino, procure logo um supermercado por perto e compre alguns lanches por lá para não gastar tanto com comida na rua.

10. Cabelo, unha, depilação...: salão de beleza? Essa palavra não existe mais no seu vocabulário, fofa! Se vira nos 30 e faz sozinha!



Então, basicamente é isso! Vou parar por aqui porque sei que muitos de vocês já devem estar h o r r o r i z a d o s (sabem de nada, inocentes! Tem mais coisa, mas nem me atrevo a falar). Devem estar pensando que eu sou a pessoa mais mão de vaca da vida ou algo do tipo, porém quando vocês chegarem aqui e virem a dura realidade de se virar com €340 por mês, vocês vão entender! Vão preparando o psicológico por aí! hahah
E a galera que já foi/é au pair por aqui, tem mais alguma dica de economia? Passou por alguma situação inusitada pra economizar uns eurinhos? Conta pra gente nos comentários!

kusjes

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Let's talk about money: bancos, cartões e afins

Olá pessoas! Estou tentando retomar os posts. Durante a semana eu tenho tempo de sobra, mas uma combinação da minha natureza procrastinadora com as dúvidas sobre o que escrever acabaram criando esse loooongo hiato. Mas vamos lá que ainda tem sim muita coisa pra falar!

Uma dúvida muito frequente das futuras au pairs é sobre como trazer o dinheiro do Brasil pra cá e como administrar o dinheiro quando estiver aqui na Holanda. No grupo do facebook já rolaram várias discussões sobre se deveria manter a conta no Brasil, se achava bacana trazer o VTM (visa travel money ou outro cartão pré pago equivalente), algumas questionando se vale a pena abrir conta num banco daqui e etc. Também há muitas dúvidas sobre envio e recebimento de dinheiro estando aqui. Vou contar tudo pra vocês agora!


1. Como trazer dinheiro do Brasil
  • Cartão de débito/crédito do Brasil: primeiramente você deve se assegurar que possui cartão internacional e que ele estará habilitado para uso fora do Brasil no período que você estiver na Holanda/Europa. Esse é o método mais caro pois envolve taxas e mais taxas dos bancos, fora o fato de que você fica sujeito ao câmbio do dia (débito) ou da data do fechamento da fatura (crédito), havendo incerteza em relação aos valores pagos.
  • Cartões pré pagos (VTM, Cash passport etc): você consegue fazer um cartão desses em qualquer casa de câmbio, bancos, agências de viagens e até mesmo online (por exemplo com a Western Union ou Confidence Câmbio, entre outras). Você carrega um valor X em euros pagando em reais na cotação do dia. Depois que o dinheiro está no cartão, ele não sofre mais influência alguma do câmbio. Toda vez que você usar o cartão, ele apenas irá descontando do saldo. Esse método é seguro pois, além de não trazer surpresas no final do mês (você sabe exatamente quanto tem disponível para gastar no cartão), caso você o perca, poderá bloqueá-lo e pedir uma segunda via do mesmo para continuar usando o saldo disponível. Apenas certifique-se do modo de recarga dele (o meu da Western Union, por exemplo, só posso recarregar ele através de transferência bancária e deve ser com a conta que tenha o mesmo CPF usado no cadastro no site. Como usei meu CPF no cadastro - sem ter lido sobre essa regra antes -, meu pai não pode usar a conta dele para carregar, o que no afinal não adiantou muita coisa).
  • Dinheiro em espécie: essa é a maneira menos segura (já que você pode ter o dinheiro roubado, furtado ou perdido), porém é a mais barata. Isso porque, apesar da cotação da espécie ser um pouco mais cara do que a usada nos cartões pré pagos, aqui você não paga o IOF de 6,38% mas sim de 0,38%, o que faz com que 300 euros em espécie seja mais barato do que 300 euros no cartão pré pago, por exemplo. Dessa forma, caso não pretenda trazer uma quantia muito grande, vale a pena trazer em espécie!

    Apenas a título de ilustração, hoje (13/01/2015), no site da Confidence 300 euros em espécie daria R$1.380,19 enquanto que o mesmo valor no cartão pré pago seria R$1.455,96 como podemos ver abaixo:

                     

2. Gerenciando o dinheiro na Holanda
  • Abrir conta no banco: na minha opinião é indispensável ter uma conta no banco por aqui! Vai facilitar em muuuito sua vida! A partir do momento que você tem um cartão de débito, você poderá sacar dinheiro em qualquer ATM (mesmo sendo de outros bancos) não só na Holanda mas em toda a União Europeia. Isso é muito útil principalmente quando você viaja para países que não usam Euro, pois significa que não precisará trocar moeda! Você poderá usar seu cartão de débito normalmente ou sacar a moeda local e pagará somente a cotação, sem qualquer taxa extra! Além disso poderá fazer compras online em sites que aceitem o iDeal (é uma espécie de gerenciador de pagamentos, usado por todos os bancos daqui), que são basicamente os sites holandeses e algumas cias aéreas e de ônibus aceitam também. Seus hosts poderão transferir seu pagamento direto na sua conta, o que também é uma dor de cabeça a menos. Você tem acesso a internet banking e rapidamente pode ver seu saldo e realizar transferências inclusive para contas de outros bancos! Claro que tem um custo, mas é em torno de €15 a €20 por ano! O meu banco é ING e pago €17,40 anualmente, sendo que esse valor é descontado trimestralmente. O cartão de débito (bandeira maestro) já está incluso no valor. Ah! Você só poderá abrir sua conta depois que se registrar na prefeitura e tiver seu BSN (como se fosse nosso CPF, digamos assim), então deverá demorar um pouquinho. Também deve levar o passaporte. Já ouvi relato de meninas que conseguiram abrir sem, mas quando eu fui abrir a minha o atendente frisou que não tinha nenhuma possibilidade de abrir só com passaporte, nem se os hosts fossem juntos, então a princípio essa é a info que tenho. O que as vezes acontece é de os hosts te darem um cartão de dependente, mas aí a conta não é no seu nome (e essa conta não será aceita para o reembolso do plano de saúde, pois tem que ser no seu nome. Mas isso é oooutra história!).

  • Cash passport (GWK): Esse cartão será muito útil especialmente para compras online! Como falei, os sites holandeses via de regra aceitarão iDeal, porém você pode precisar comprar algo em sites de outros países (por exemplo se quiser comprar no Amazon UK, se quiser comprar ingresso da Torre Eiffel adiantado etc) e também muitos sites de passagens aéreas/bus/trem não aceitam o iDeal. Nesse caso você pode fazer o cash passport da GWK que é bem parecido com os cartões pré pagos que podemos trazer do Brasil! A diferença é que esse seria mais fácil de recarregar, pois ele é euro-euro (você não vai ter que se preocupar com cotação, pois vai carregar direto daqui!). Ele custa €19,99 e se comprar online €14,99. A primeira recarga está inclusa nesse valor e as demais custam €5,00. Então só vale a pena para recarregar quantias maiores.
  • PayPal: quando eu ainda não tinha meu cash passport, eu consegui "me virar" várias vezes usando o PayPal pois muitos sites também aceitam! Você pode cadastrar sua conta do banco no site e ele vai descontar o valor de lá. Detalhe que não debita o valor automaticamente.. geralmente demora alguns dias! Então certifiquem-se que haverá saldo suficiente na sua conta até eles descontarem. Também demora alguns dias até liberarem para compras, pois primeiro ele vai fazer uns depósitos de centavos na sua conta e você tem que ir no site para informar os valores e finalizar a verificação de que é a conta correta. 

3. Envio e recebimento de dinheiro 
  • Western Union e similares: Através de casas de câmbio você pode mandar dinheiro pro Brasil ou receber do Brasil aqui na Holanda. Na Western Union sei que há o serviço para você retirar pessoalmente (o destinatário deve comparecer a um agente autorizado portando documentos e um "número de rastreio" que eles fornecem a quem depositou o dinheiro). O MoneyGram também faz esse serviço e além da opção de retirar o dinheiro em um dos agentes, também há a possibilidade de depositar diretamente em uma conta (apenas Holanda-Brasil. Brasil-Holanda só há a opção de retirar pessoalmente). Nessas opções geralmente o valor fica disponível no mesmo dia! Quem for mandar o dinheiro deverá comparecer pessoalmente seja em uma loja própria ou agente autorizado.
  • Recebimento direto na conta bancária Holandesa: já utilizei foi o serviço de remessa internacional da casa de câmbio Confidence. Pode ser feito completamente online e é bem fácil, rápido e prático. Também é mais barato que a opção da Western Union, por exemplo, pois só cobram o 0,38% de imposto sem taxa adicional de envio. Para utilizar esse serviço, a pessoa que mandará o dinheiro para você deverá se cadastrar no site e optar pela opção remessa internacional. Em seguida, a opção Manutenção de residentes. A pessoa deverá ter os seguintes dados: seu nome completo, endereço, nº da conta do banco (está no seu cartão Holandês) e o número SWIFT (BIC) ou ABA. A relação dos códigos por banco você encontra aqui. Também há um campo para fazer uma descrição do pagamento e deve ser preenchido em inglês (se colocar Maintenance resident já está ok). Depois que tudo for preenchido, será gerado um boleto em reais para ser pago. Geralmente o valor cai no dia seguinte, pois demora um pouco para o pedido ser processado.
    Aplicativos como Transferwise, Azimo, World Remit também têm sido muuito utilizados e na maioria das vezes apresentam preços ainda mais competitivos. Já utilizei o serviço da Transferwise tanto para receber grana do Brasil quanto para enviar pra lá. Inclusive ao final do intercâmbio em vez de trocar meus euros em casa de câmbio, enviei pra minha conta bancária pro Brasil pois foi a forma mais prática e vantajosa!

Bom pessoas, espero que esse post ajude àqueles que tem dúvidas quanto ao assunto! Se vocês souberem de alguma opção, deixem nos comentários que posso atualizar o post com as infos :)

Kusjes!